segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Confissão

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
 
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais
 
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer
 
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

            Confesso que sou assim, que nem essa música diz em seus versos. Ana Carolina de fato fez o meu retrato falado ou melhor, o meu retrato musicalmente falado. Engraçado, ontem, numa mesa com meus amigos, resolvi me dirigir a um em especial e falar sobre uma conversa que tive na sexta a noite, me referindo à uma lembrança. Disse que lembrei dele quando ouvi a expressão "teto de vidro" e "massa de sensibilidade". E falei com firmeza, com um ar de maturidade e de sabedoria que depois de algumas horas me fez ter insônia ao encostar minha cabeça no meu travesseiro. E fui parar pra pensar e cheguei a uma conclusão que estava tapada, mas escoou através do poros do meu coração... a verdade é que minha reflexão me mostrou que eu mesma sou o teto de vidro e a minha massa de sensiblidade estava trancada a sete chaves.




Bem, vamos lá, chegou a hora das definições:

Teto de vidro: intocável... pessoa que não chora, que não se deixa levar por absolutamente nada que envolva aflição e desamparo. Preocupa com o bem - estar dos amigos, sua alegria é algo que tristeza nenhuma derruba.

Massa de sensibilidade: alegria, mágoa, paixão, tpm, dor e lágrima retidos, amassados, virando pasta dentro do íntimo.


Ei, eu sei que você também tem um pouco disso. E você deve pensar, assim como eu, que isso traz coisas gostosas, até porque são essas duas expressões que fazem você privar sua vida da desconfiança, da falsidade mundana. Mas calma ai... minha vida – e a sua- estão retidas. Quem é Jullie Anne Xavier Ribeiro? Quem é vc, leitor? Quem eu amo? Eu sou um anjo na vida do meu melhor amigo? Eu sou rancorosa? Disfarço sentimentos, piso na merda? Pois bem, chega de dilema existencial. Eis o meu perfil:



ID

Nome : Jullie Anne Xavier Ribeiro

Idade : 20 anos

Data de nascimento: 23.06.90

Filha de Taba e Deca e irmã de Pipe

Estudante de Direito

Filha de Jó com orgulho

Feliz com as amizades que tem

Triste pelos tropeços

Um anjo da guarda, um escorpião do signo de câncer. Meio rancorosa e definitivamente besta com os sentimentos, pescadora de muitas ilusões.



Bom, essa é a minha ID, não na íntegra, mas no formato amostra grátis. Me liga, conversa comigo. E deixe bem claro qual a finalidade da conversa, por favor, não gosto de confusão interna, de dúvida, de entrelinhas.



                                                     
                                                       - eu não me deixo em paz -





Um comentário:

  1. Ei senhorita, levante e sacode a poeira.
    Jamais fique triste com os tropeços, fique triste apenas por uma chuva que nao cai ou por uma bola de sabão que estorou.
    Não se sinta assim, minta.
    Não deixe que o tropeço saiba que vc está triste, ele é traiçoeiro.
    Vc não é só um anjo na vida de um amigo e sim na vida de vários amigos.
    Bjs cumade

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